sexta-feira, 2 de novembro de 2007

As coisas não esperam...


Seu telefone ainda não tocou? Sua porta não sente as batidas humanas nescessárias para emitir barulhos? Bom, talvez ainda não seja hora de você participar do mundo tal qual é, talvez, simplesmente, você ainda não esteja pronta pra escutar os ruídos que vem por aí, as verdades que vão deixar-te aflita e farão seus olhos funcionarem com uma repreza hidrelétrica.

As portas que são batidas e os telefones que tocam anunciam a disposição "das coisas" a te receber. Ora, você não acha que "as coisas" ficam ali de prontidão esperando por você e só por você. Tem um movimento intenso acontecendo entre uma coisa e outra coisa formadoras "das coisas" e você que está na sala de espera do mundo de possibilidades. Acorde, grande mentecapto.

sábado, 25 de agosto de 2007

Zoé

Aos 14 anos, Zoé, era a mais popular entre as meninas da sétima série. Não, não era a mais bonita, nem a mais simpática, mas sabia mexer com a imaginação de quem soubesse conversar com ela. Zoé nunca foi o tipo de pessoa que parecia ligar pra algum pensamento mesquinho. Ela era a personificação da indiferença. Graaande Zoé, ou nem tanto, tinha só 1,57 de altura.

Zoé era melhor amiga de Ana Banana. Mas como vocês sabem, Ana cresceu! Zoé também, e muita coisa havia mudado no mundo delas. Não tinham deixado ser amigas, as melhores amigas do mundo, mas sabiam que precisavam crescer com várias visões do mundo e juntas elas eram uma, e uma pessoa só ver uma coisa.

Zoé agora com 17 anos tinha certeza (será?) do que precisava. Ela precisava sair daquele cubo que vivia, deixar de depender de tudo, deixar de viver condicionalmente, aquele não era o lugar que ela imaginou passar seus 18 anos, de longe a vida toda. Ela precisava sair. Então, saiu!

E quando voltar, não será a mesma!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

O texto de hoje é pra você que está na fila do banco em dia de pagamento, que está saindo de um relacionamento, você que acabou de casar, acabou de ter um filho, ganhou o livro que mais queria, viu o filme de seu diretor predileto com atores que o estragarão. Pra você que mudou de cidade, arrumou um novo emprego, que está reformando o quarto, que vai fazer intercâmbio em 2 dias, comprou os ingressos do show que tanto queria, que consegui fechar a prova de cálculos, entrou em um curso novo...
Enfim, pra nós que sempre esperamos mais um poco!

sexta-feira, 15 de junho de 2007

'Que saudade que tenho da aurora da minha vida...'


Bom mesmo era quando eu tinha 5 anos e tinha todas a certeza comigo.




A dúvida da profissão não corroia. Tinha certeza que ia ser jornalista e acabou! A dúvida do amor? Hahaha, soava até engraçado. Quem eu amava, me amava. Não tinha essa coisa toda de algodão doce na hora! Era aquele velho saco cheio de micróbios do bafo do vendedor, mas nem por isso eu peguei uma infecção incurável.




"Naqueles tempos ditosos


Ia colher as pitangas,Trepava a tirar as mangas,


Brincava à beira do mar;


Rezava às Ave-Marias,


Achava o céu sempre lindo,


Adormecia sorrindo


E despertava a cantar!"

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Ana

Talvez agora ela tivesse achado alguém que a fizesse ser o que sempre sonhou, o que sempre foi e nunca mostrou. Nunca pensou que ia ser assim, mas encontrara alguém que se encaixou em sua idéia de felicidade e pela 1º vez na vida Ana se sentia Ana. Não Joana, como queria na 5º série, nem a Zoé dos seus 14 anos.

Ela sente saudades da turma das 17:00 andando de bicicleta na vizinhança, dos super esconderijos ultra-mega-hiper-secretos-que-nunca-iam-ser-descoberto. Sente falta do início da adolescência, toda aquela angústia 'pré-balada'. Sempre sentirá. Mas Ana sabia que nada daquilo se encaixava no seu novo mundo, nessa fase de sua vida, que agora era vivida no quarto laranja do teto verde.

Como eu poderia esquecer, a Ana me ligou hoje e disse que tá muito bem, obrigada! Tá mandando um beijo pra todo mundo e disse que quando puder dá notícias.
Bom, pessoal, por hoje é o que eu tenho a falar. Quem sabe um dia essa que vos fala conte a própria história.

É, Ana, você cresceu, menina!

É tudo mentira!

Dizem que sim, dizem que não, dizem que talvez. Dizem, dizem, dizem. Foi dito e acabou. Digo, Diga!

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Ana Banana

Acordou destina a descobrir o que estava a matando por dentro. O que ela tanto queria ? Por que tinha que ser tão logo? A cabeça de Ana Banana já não funcionava como antes, ela não queria só saber o que ela queria. O que Ana Banana queria mesmo era poder se fazer sentir, sair daquela estabilidade, ela não queria ser Prometeu, queria ser Aquiles, talvez!

Ana Banana já não era a mesma, seu quarto sempre tão rosa já não fazia muito sentido, seu cabelo tão curto com franjinha e lisinho, menos ainda! Talvez fosse de Ana colocar um aplique ou pintar o cabelo, hora do quarto de Ana Banana ficar amarelo como uma banana, ou talvez laranja, dito que a partir daqueles novos tempos ela deixaria de ser Ana Banana ou Ana Qualquer Fruta, agora mais que nunca, as pessoas tinham que entender que aquela menina cresceu. Ainda é boa, alegre e sempre dirá o 'bom dia' pro tio do leite com toda sua bondade e carinho, mas agora ela era Ana. Assim mesmo, Ana sozinho, mas ainda assim vivo!

ANA