quarta-feira, 14 de abril de 2010

Engraçado mesmo é quando as coisas caminham pra frente. Vão e ganham vida própria dentro de mim e já nem sei o que tinha certeza que sabia. Tudo foge da minha mão direita – a única que segura às coisas nesse momento – e não acompanho sequer o querer, quem dirá o ser desejado!

Saber querer é coisa difícil, de gente grande. Melhor, de gente ENORME DE GRANDE. Não sei desejar porque sempre quero demais, quero mais e quero pra mais. Não consigo só querer, por isso não caibo em nenhum coração – ainda –, mas vários cabem em mim – por agora -. Isso é tão confortável que me desconforta e me amedronta.

Tenho medo de ficar assim pra sempre, sem saber nem um pouquinho como é saber.

Para Mim

Quando meu corpo for pó desse mundo, ainda me restará dizer que guardei na memória os lugares que caminhei, as pessoas que conheci, os amantes e amigos que vivi. Contudo, meu orgulho será falar que me esforcei pra sempre estar alguma coisa e nunca ser nada. Depois disso, minha alma já estará pronta pra outra!

Pra Entregar-se

Eu vou estar contigo até quando nos for conveniente. Estarei perto enquanto ainda houver o mínimo de ternura, o menor pedaço de afeto porque ainda vejo em nós um caminho, um cantinho, uma casinha quente pra sossegar a nossa existência.

É incrível como sou de você, só de você. É espantoso porque os outros tentam e eu tento junto, mas não consigo com mais ninguém, só contigo. Já é parte do que sou e por isso já não sei dissociar. Pra mim, por mim é que eu digo que somos eu e você, só eu e você sem formar um corpo só que é pra nunca precisar arredar.

Parece mágica o jeito como as coisas se acertam comigo quando estou só com você. Eu me acalmo, meu coração repousa e minha mente alivia. Como é bom, como é bom. Depois que te vi pela 1º vez, assim, em carne e osso, meu amor que já era certo se perguntou: “Como pude viver ser tanto carinho?”. Não preciso de muito, não satisfaço com pouco, mas tu ofereces a medida certa do meu coração. Que coisa incrível, Céus!

Pra Esperar

Eu torço pelo nosso reencontro.


È que eu sei que a gente não deu certo agora por culpa do tempo. O tempo que não demos pra o conhecer, o tempo que demorou a nos apresentar, o tempo que eu não dei pra você e pra cumplicidade, o tempo que você desistiu.
O tempo é tão ingrato. Nós contamos e damos um valor inestimável a ele, mas ainda assim caímos em suas armadilhas. Contudo, devemos admitir que se nos rendemos é porque sabemos que ele é sábio.


Acredito que o tempo vai valer-se de tanta experiência pra arranjar nosso encontro. Vai ser lindo porque até onde eu lembro você é perfeito pro amor que tenho e eu espero estar pronto pra ouvir suas verdades.

Bom, ficarei por aqui. Meu coração tem um encontro com o meu tempo para depois encontrar-se com o teu, desfazer desamores e ficar “juntinho, sem caber de imaginar” até o NOSSO tempo decidir o que fazer.

Você entenderá!
Talvez eu seja a personificação da ingratidão, mas não me culpe. Nasci pra ser livre. Não posso atender aos anseios de uma única pessoa, tampouco atender suas expectativas. Demorei a entender o que sou hoje. Desculpe-me.

Estar contigo foi maravilhoso. Nada daquilo vai se apagar, eu não deixarei. Procure entender que “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. Não deixei de te gostar e te admirar. Ainda é parte do meu coração, não nego e nunca negarei. Entendo que não queira sequer ouvir um único verbete que insiste em saltar dos meus lábios, mas não queira fingir que nada aconteceu.

Despeço-me sem muitas desculpas e afins. Sei que algumas coisas devem ser deixadas guardadas, mas nunca esquecidas.

Pra Descobrir


Sigo em silêncio, mas estou do lado do barulho. Aos poucos te ganho e quando você menos espera, eu encontro-me lá- no seu coração. É uma maravilha ver-te sempre e simplesmente fingir que o carinho que sinto por ti é só amizade. Então, sem expectativas maiores invento um romance só meu. E é tão bom.

Não sei se foi pelo jeito que nos conhecemos ou se foi nossa 1º conversa de verdade. Não sei se foram seus olhares tímidos ou minha “efusividade” que insistia em te tocar quando podia. Tampouco importa se foram as piadas sem graça que eu contei e você riu. E até mesmo nossas tímidas risadas ao mesmo tempo. Acontece que aconteceu e você nem se deu conta. Que coisa incrível, que coisa linda.

“Tento descrever o que é estar com você...”

Pra Esbravejar

Eu que antes era presa a mim resolvi me largar no mundo. Soltei-me e não liguei pra ninguém, as falácias foram deixadas pra trás. Se eu sou assim, não sei. Mas tenho certeza que estou assim.

Perco-me, me acho. Meus devaneios são brisas de um verão inolvidável. Você queria estar comigo agora, mas não pode. Uma pena porque hoje eu clamo por Paixão. Brado por prazer. Acredite você queria muito isso.

Agora eu sou livre de escolhas óbvias e constantes. Sou livre ou estou livre? Por favor, não me tirem essa dúvida. Afinal, por ela e por mim estou me entregando ao nada, a ausência do discernimento. Por favor, por favor!

Ao acaso entrego uma doce menina “sabidinha” e não ambiciono nada de volta. A entrega já faz uma diferença formidável.

“Vou levando assim que o acaso é amigo do meu coração”

Pra Seguir em Frente

“Saudade o meu remédio é cantar”.
Eu canto porque alivia meu peito e afasta a saudade do que nunca existiu entre nós. Emito ruídos porque não foi concebida a mim a voz que eu queria, mas embolsei o dom de apenas admirar, de ouvir. Escuto mais pra saber mais e só assim desconhecer tudo.

Ahh, que sensação de alívio que me dá saber que eu posso ouvir de forma clara e plena. Escutar é uma arte. Quem escuta entra nas estórias alheias e vive aquilo tão intensamente que parece ter passado por aquilo também. De forma não menos viva, nós (Os “Escutadores”) repassamos a experiência adiante “e, de repente, não mais que de repente” o mundo se vê compartilhando ainda que de forma tímida uma aventura alucinante.

Ora Bolas, quem liga pra quem se recusa à viver? Pois bem, nós deveríamos!

Pra Crescer (Para Yuri)

Eu ando no mesmo caminho e não encontro as mesmas pessoas. Achar-te foi um acaso divino que me salvou e me salva a cada gesto de ternura. Amor. Redundância é dizer “EU TE AMO”. Ora, porque eu insisto em te escrever, já não sei. Chamar-te é dispersar versos ao vento. E por que ainda te amo? Porque ainda te quero por uma noite no mesmo colchão, dividindo o lençol e uma cerveja, assistindo um filme qualquer, conversando como se nada fosse fenecer. Amor, meu doce Amor. Se eu tivesse essa oportunidade nada seria assim tão obscuro. Faria sentindo e finalmente você saberia que eu sou o que basta porque você já é o bastante pra mim.

E eu te amo. Amo que de tanto doer, não dói mais. Afaga minh’alma e alimenta meu coração. Por isso prometa que nunca vai me tirar do único lugar ao qual eu quero pertencer: Seu Coração. Se o fizer, você poderá, sempre que precisar, ficar no meu. Afinal, é o seu lugar de férias porque sabes bem que aqui, só aqui, vai descansar e só pensará em como repousar do meu tolo amor.

Amor, meu grande amor. Antes de qualquer adeus espero que tenha entendido minhas palavras. Não escrevi nas entrelinhas ou usei metáforas. Meu amor é assim clarinho de incendiar nos olhos, de fazer balbúrdia nos ouvidos. Isso para os outros. Pra mim é a sinfonia perfeita.
Ainda sem saber direito o seu tamanho, sua dimensão dentro de mim, meu amor vai se personificando do jeito que eu sempre quis. Dói, mas a dor é necessária. Machuca de um jeito gostoso que só ele sabe fazer.

Eu amo, e de tanto amar me perdi. Mas não estou preocupada com isso. Me encontro nas palavras infindas de paixão. Alguns verbetes são meus amigo íntimos e vão toda noite comigo à cama!

Ah, a cama. Onde o tenho todas as noites em meus sonhos. Meu amor não sabe, nem senti isso. Se ele soubesse... Ficaria corado só de falar comigo, só de ouvri meu "oi".

Que dó eu tenho de quem pensa que tem meu amor, porque no fim vai ficar só-lá-si. Tenha dó!
Tem gente que escreve pra escapar, mas eu escrevo é pra me encontrar. Por isso narro o que me vem a cabeça da forma mais intimista possível. Textos impessoais são agradáveis, mas deixo isso para quem sabe fazê-los.

Minha preocupação com gente humana nunca me permitiu me isolar, de fato, do mundo, nem dos sentimentos. Eu gosto de pessoas e elas não me assustam. Gosto de conversar e entender, sinto necessidade de ajudar de alguma forma, ainda que, simples. Sou explícita e deixo isso explícito.